Em verdade, em
verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós
ficareis tristes, mas vossa tristeza se converterá em alegria (João 16.20).
Dura realidade. Alguns cristãos afirmam e
inclusive cantam que o povo de Deus não sente tristeza. Mas, como os novos
cristãos irão reagir, iludidos por essas afirmações, quando se virem assaltados
pela tristeza? Naturalmente, acaso não concluirão que na verdade não são
cristãos? Acaso não ficarão confusos quando descobrirem que Jesus, no
Getsemane, disse num momento de profunda angústia: “minha alma está
profundamente triste até a morte” (Marcos 14.33,34)? A tristeza na vida do
cristão é um sentimento real; aliás, até mesmo inevitável! A diferença é que
sua tristeza é posta diante do trono da graça.
Experiência comum. A tristeza é um sentimento
comum ao ser humano, seja ele(a) cristã(o) ou não. Há, porém, uma grande
diferença: o cristão se entristece porque odeia o pecado quando este o faz cair;
enquanto o incrédulo fica triste porque o pecado lhe traz fracasso. A tristeza
do que crê o conduz ao perdão. Mas a tristeza do que não crê, se não o
encaminha a Deus, através do arrependimento, o levará à condenação eterna.
Tristeza divina. Deus também sente pesar, embora
seja isso uma figura, quando olha para nosso mundo de pecado, de incredulidade,
de violência, de vício e injustiça; quando visualiza a dureza e a rebeldia do
coração humano. Muitas vezes a tristeza nos faz refletir sobre nossas próprias
desditas. E os cristãos devem estar certos de que sua tristeza é passageira; por
isso ela não pode fazer morada em nossa alma. O sentimento que deve permanecer
em nossa alma é a alegria da salvação. Jesus afirmou que nossa tristeza é momentânea
e que logo se converte em alegria. Temos infindas razões para nos alegrarmos, porque
já pertencemos ao mundo vindouro.
Oração: Senhor Jesus, ajuda-me a vencer a
tristeza que magoa meu coração; e que a verdadeira alegria tome conta de todo
meu ser. Seja este o pensamento que perdure todo este dia. Amém.