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Mostrando postagens de maio, 2018

O ROSTO DE MOISÉS

E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que evanescente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente (2Co 3.7,8,11). Ao descer do Monte Sinai, e encontrar o povo de Israel em torno do bezerro de ouro, numa autêntica prática carnavalesca, Moisés quebrou as duas tábuas de pedra da lei. Ele retornou ao monte e esteve mais quarenta dias e quarenta noites na presença de Deus. Depois disso, ele voltou com outras duas tábuas de pedra, exatamente como as primeiras. Mas havia algo mais: o rosto dele resplandecia. Arão e o povo temeram aproximar-se dele, por isso ele passou a cobrir seu rosto com um véu. O apóstolo Paulo nos esclarece que Moisés cobriu seu rosto porque percebeu que aquele brilho se desvanecia gradativamente. E, segundo o ap

INTERCESSÃO

Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste (Ex 32.32). De Êxodo a Deuteronômio, Moisés é continuamente descrito como aquele que intercedia pelo povo de Deus. Ele chegava ao ponto de ser ousado, como podemos ler neste versículo. Aprendamos, aqui, duas lições muito importantes sobre a intercessão. É um dos exercícios do cristão autêntico . Ao longo de toda a Bíblia, somos intimados a interceder uns pelos outros e pelo mundo inteiro. É do agrado de Deus que seus filhos sejam sacerdotes, isto é, intercessores; este é o sacro dever de todo cristão da nova dispensação. Intercedamos uns pelos outros, para que cresçamos e para que, assim, muitos venham a conhecer o Salvador do mundo. Jesus é nosso Sumo Sacerdote . Moisés era um tipo de Cristo. Ele era o intercessor do povo de Israel. Cristo é nosso Advogado (1Jo 2.1), nosso Mediador supremo (1Tm 2.5). Ele intercede por toda a Igreja (Jo 17). O livro de Hebreus nos diz que, por Cristo se

ÁGUA DA ROCHA

Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá (Ex 17.6). Em sua longa caminhada, o povo sentiu sede e clamou a Moisés. “Então, clamou Moisés ao SENHOR: Que farei a este povo? Respondeu o SENHOR a Moisés: Passa adiante do povo (...) leva contigo em mão a vara (...) ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá.” Paulo disse que “beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo” (1Co 10.4). Que coisa extraordinária! Cristo estava lá cuidando de seu povo da mesma forma que está aqui e cuida de nós, na pessoa do Espírito Santo que o substituiu no seio da Igreja! Fisicamente, Cristo está à destra do Pai, no céu; espiritualmente, ele está sempre presente na pessoa do Espírito Santo, o Outro Consolador. Não é de admirar que Jesus tenha se referido com tanta ênfase à água: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, d

O MANÁ

Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e recolherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda em minha lei ou não. E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram nos limites da terra de Canaã (Ex 16.4,35). Vejamos aqui alguns pontos essenciais: Definição . O maná era parecido com escamas e tinha o sabor de balas de mel. Ele descia do céu com o orvalho noturno. Uma porção dele foi guardada na Arca da Aliança, para servir de memorial. Quando Israel pisou a terra de Canaã, nunca mais o maná caiu do céu, porque doravante o povo tinha que labutar por seu sustento, o qual o próprio Deus fizera a terra produzir para ele. Mistério . O maná veio a ser um dos maiores mistérios da história do Êxodo de Israel. De onde ele vinha? De cima. Jesus, em João 6, nos esclarece o simbolismo do maná. Ele diz que foi Deus, e não Moisés, quem alimentou o povo com o maná. As pessoas que comeram

MURMURAÇÃO

Será isso quando o Senhor, à tarde, vos der carne para comer e, pela manhã, pão que vos farte, porquanto o Senhor ouviu vossas murmurações, com que vos queixais contra ele (Ex 16.8). A murmuração constitui um dos piores e mais danosos pecados do homem. Ela esteve presente em Israel e está presente em quase todos nós, hoje. Murmuração revela: Inconformismo . Israel olhava para trás, para o Egito, recordando de suas casas, da fartura de comida. Tinham inveja dos egípcios que ficaram para trás! Que retrato autêntico de todos nós, cristãos de hoje: um perene descontentamento. Isto é pecado! Notemos bem: eles não recordavam que foram escravos maltratados no Egito. Esquecemos o pecado que outrora nos escravizava e lembramos somente os prazeres que o pecado nos proporcionou. A murmuração revela Censura . Murmurar envolve a censura que se faz de outrem. Israel censurava a Moisés, a Arão e a Deus. Maldizia a vida que levava no deserto. Nós também temos a mesma tendência de censurar

MARA

Então, Moisés clamou ao SENHOR, e o SENHOR lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou (Ex 15.25). Mara foi o apelido de Noemi, depois de enfrentar muito sofrimento (Rt 1.20,21). E este é precisamente o significado do termo Mara : amargura . Águas amargas foram o que Israel encontrou logo depois que passou o Mar Vermelho. Não podia acontecer-lhe algo pior que isso. Portanto, Mara pressupõe: Provação . “E ali os provou.” A guerra, doença, fome, sede, morte, situação econômica instável, práticas pecaminosas e secretas, confiança traída – isto e muito mais nos trazem amargura de espírito. Que mundo amargo é o nosso! É um imenso Mara ! Como é difícil encontrar alguém que não saiba o que é amargura! Mara no mundo; Mara na Igreja; Mara na família; Mara em cada um de nós! Pressupõe também Provisão . “O Senhor lhe mostrou uma árvore.” Moisés lançou a árvore nas águas, e estas se tornaram do

LOUVOR

Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? (Ex 15.11). Moisés e Israel entoaram um cântico de louvor ao Deus do livramento. O povo estava feliz! Seu louvor Exalta o amado Benfeitor . O cântico está repassado de expressões de exaltação da grandeza, da santidade, do amor providente e do juízo do Deus Altíssimo. Deus havia destruído os inimigos ímpios por amor de seu povo eleito. Nada mais justo do que exaltar o Deus que nos protege debaixo de sua bondosa mão. Ele faz isso dia e noite. Se não fosse assim, já teríamos perecido há muito tempo. Seu louvor Manifesta a gratidão dos beneficiados . Somente o crente sabe agradecer a Deus as bênçãos da   eterna salvação. O descrente não conhece uma salvação definida e definitiva. Muitos pensam numa salvação possível e futura. O crente louva a Deus pela salvação já presente, já conquistada por nosso Senhor Jesus Cristo. Na pessoa de Paulo, o cre

TRIGO E JOIO

Mescla Permanente Subiu também com eles um misto de gente... (Ex 12.38). Deus havia espalhado seu terror por toda parte, e muitos estrangeiros acharam mais seguro acompanhar o povo de Israel do que ficar no Egito. Eles tinham testemunhado os feitos do Senhor em toda a terra. Tinham visto como ele havia protegido miraculosamente seu povo Israel. Assim, como muitos israelitas não eram crentes genuínos em Iavé. Era um “misto de gente” que não havia experimentado uma conversão genuína. Simplesmente buscavam a proteção divina movidos pelo medo. E foram esses mesmos descrentes que perturbaram Israel ao longo de todo o caminho até Canaã. Sua influência foi muito ampla e maléfica. Que autêntico retrato da Igreja moderna! Jesus já havia ilustrado este doloroso fato com a parábola do joio. Por toda a Bíblia, e mesmo na história da Igreja, percebemos nitidamente que a Igreja visível é sempre mista. O trigo é constantemente prejudicado com a presença de ervas daninhas, semeadas pelo malig

SOMBRA E LUZ

Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite (Ex 13.22). Quanta munificência Deus demonstrou na vida do povo de Israel em sua longa peregrinação pelo deserto! De dia, uma nuvem servia de sombra contra o calor do sol nas areias escaldantes do deserto; de noite, uma coluna de fogo alumiava o arraial da igreja israelita em seus milhares. Em tudo isso, o portentoso é que tanto os que criam quanto os incrédulos, todos igualmente, recebiam as mesmas bênçãos temporais. A graça comum opera conjuntamente com a graça eficaz. Com esta diferença: aquela dura aqui e agora; esta dura para todo o sempre.    Jesus disse que o Pai celeste faz chover e nascer o sol sobre justos e injustos (Mt 5.45). O mundo é abençoado e poupado por causa do povo de Deus. Os descrentes eram e são abençoados através do convívio dos crentes. Aqui e agora, os verdadeiros filhos de Deus têm a função de abençoar e não amaldiçoar os que andam em densas trevas. A raça

ORAÇÃO E AÇÃO

Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem (Ex 14.15). Israel se encontra num “beco sem saída”. Atrás vem chegando o exército de Faraó. Adiante está o Mar Vermelho. A ansiedade toma conta do coração do povo. Uns clamam a Deus, outros reclamam de Moisés e a maioria chora. Em desespero, o povo diz a Moisés: “Será por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto?” Moisés clama a Deus e sua oração é ouvida, porém na forma de recriminação: “Por que você clama a mim? Diga ao povo de Israel que siga em frente.” Orar é um dever cristão, porém orar sem agir ofende a Deus. Israel se pôs em marcha e foi salvo. Oração e fé são irmãs gêmeas. Numa reunião, certo crente, comerciante e rico, orava a Deus em favor de uma família pobre e muito carente. O filho, tido como cristão leviano, saiu da reunião para em seguida voltar com um carrinho de mão cheio de gêneros alimentícios. Quando a reunião terminou,

LIVRAMENTO

Não temais; aquietais-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque os egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis (Ex 14.13, 14). À luz destes dois versículos podemos ver: A natureza está a serviço de Deus . Toda a natureza, animada ou inanimada, existe e opera para a glória de Deus, para o cumprimento de seus eternos e sapientíssimos desígnios. Nada escapa ao seu governo, nem mesmo os seres microscópicos, as partículas invisíveis da natureza. As águas do dilúvio, do Mar Vermelho, do Mar da Galileia, a morte, a doença, tudo está a serviço dos propósitos definidos do Deus Altíssimo e Onipotente. Os ímpios estão a serviço de Deus . É evidente que eles fazem a vontade de Deus, não porque o queiram, mas porque, sem que o queiram, estão cumprindo o propósito predeterminado do Deus Onipotente. Seja um faraó com seu exército – “serei glorificado em Faraó e em todo seu exército”; seja um Nabucodonosor, um Herodes, um P

A PÁSCOA

Nosso Triunfo Pois também Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado (1Co 5.7). Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação de Israel... cada um tomará para si um cordeiro... sem defeito, macho de um ano... e o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta... Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei... todos os primogênitos... Eu sou o SENHOR... O sangue vos será por sinal... quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito (Ex 12). Essa foi a primeira páscoa em Israel. Foi celebrada num momento decisivo: vida para os obedientes e morte para os incrédulos. Não havia meio termo. Era a única chance. Como dizemos: “É pegar ou largar.” Conta-se que na Grécia antiga havia uma estátua representando a oportunidade . Ela tinha uma   mecha de cabelos somente na testa; atrás era pelada. Significando que, quando a oportunidade passa

FARAÓ

Espírito do Anticristo Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó em todo seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o SENHOR (Ex 14.4). De acordo com alguns textos bíblicos (Ex 7.3, 13, 22; 8.15, 32; 9.7, 12, 34, 35; 10.1, 20, 27; 11.10; 14.4, 5, 8, 17), “o endurecimento é a consequência do pecado da rebelião contra a mensagem de Deus, que tira lentamente do incrédulo a capacidade e a vontade de se converter”. É muito arriscado ouvir as advertências de Deus e se fazer de surdo, ou deixar para mais tarde uma decisão que deve ser tomada hoje, agora. A cada aviso de Deus, Faraó respondia impiamente. A cada resposta de Faraó, Deus subtraía sua misericórdia e sua luz de seu coração, até que nada mais restasse de bom senso e chance de arrependimento. Quem age assim possui o espírito do Anticristo; isto é, que é perenemente contra Cristo. Procrastinar é um verbo que denota “adiar, demorar, delongar, espaçar”; é a pessoa que sabe muito b

DISCRIMINAÇÃO

Justa e Necessária Farei distinção entre o meu povo e o teu povo; amanhã se dará este sinal (Ex 8.23). Em toda a Bíblia lemos que Deus não faz acepção de pessoas; e não é só isso, ela nos recomenda a não discriminarmos a nenhuma pessoa: branco, negro, rico, pobre, culto, analfabeto, velho, jovem ou criança, todos somos iguais aos olhos de Deus. Ele não condena o rico por ser rico e nem salva o pobre por ser pobre. Ele condena o ímpio por sua impiedade e salva todo aquele que é quebrantado de coração, que se converte de seus maus caminhos − não importa a raça, a classe social ou econômica, nem mesmo a origem. Portanto, Deus se agrada de que seus filhos abracem a todos indistintamente. Esse tipo de discriminação ou acepção é pecaminoso e merece a maldição divina. A igreja é composta de pessoas de todos os tipos; neste sentido, ela é mista. Entretanto, há uma distinção ou discriminação que Deus faz em seu relacionamento com o ser humano, e exige que façamos o mesmo. A pessoa má,

PRAGAS

Juízos Parciais de Deus Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR (Ex 12.12). Pragas são juízos parciais de Deus, fazendo uso da própria natureza para privar os homens, temporariamente, de suas generosas benesses. Elas vêm na forma do dilúvio, da destruição de Sodoma e Gomorra, das guerras, dos cataclismos pretéritos e atuais, das epidemias fatais e estranhas – tudo isso, e muito mais, nos fala do desgosto que Deus nutre pelo que a humanidade faz. É nesse sentido que lemos em Isaías: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas” (Is 45.7). Isso sucede porque: Deus requer que sua santidade e justiça sejam respeitadas . Ultimamente se tem falado tanto do amor de Deus, que sua santidade e sua justiça são esquecidas e até mesmo ignoradas. Que Deus é amor é uma verdade

MIRIÃ

  Mulher Exemplar E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou e precipitou no mar o cavalo e seu cavaleiro (Ex 15.21). Miriã era a irmã mais velha do Legislador Moisés e do primeiro sumo sacerdote Arão (Nm 26.59). Foi ela quem recolheu e cuidou do cestinho de seu irmão Moisés nas águas do rio Nilo (Ex 2.4,7). Portanto, na história de Israel, ela foi um vulto de extrema importância. O pouco narrado sobre ela nos ensina grandes lições. Diligência . Emociona-nos vê-la cuidando de seu irmão, ajudando a mãe nos preparativos, observando o cestinho no local onde a princesa costumava banhar-se. Ela chamou a própria mãe para cuidar de Moisés. Eis a figura de um cristão genuíno. Ela correu grave risco de morte, caso fosse descoberto seu “complô” com a própria mãe. Tudo o que fez por seu irmãozinho revela que ela cria em Iavé, Deus de Israel. Mais, ela cria que o Deus de Israel é quem governa todo o universo e guia os passos dos que nele creem e nele descansa

ARÃO TIPO DE CRISTO

Sumo Sacerdote Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar perante o Senhor; assim, Arão levará o juízo de Israel sobre seu coração diante do Senhor continuamente (Ex 28.30). Arão, o irmão mais velho de Moisés (Ex 7.7), foi o primeiro sumo sacerdote de Israel, a igreja da antiga dispensação. Ele foi um grande homem. Depois de Moisés, ele era o mais importante em Israel. Ele exercia a mediação entre o povo e o Deus do povo. Ele foi o primeiro a entrar no Santo dos Santos a oferecer o sangue da expiação, aspergido sobre o propiciatório, a saber, a tampa da Arca da Aliança, onde foram depositadas as tábuas da lei, uma porção do maná e a vara de Arão que floresceu. O peitoral do juízo que ele levava em seu tórax era de um simbolismo muito profundo; portava duas pedras preciosas chamadas Urim e Tumim . Hoje, pouco se sabe sobre estas pedras, mesmo entre os judeus. Possivelmente, Urim signifique “luz” e Tumim, “perfeiç

MOISÉS TIPO DE CRISTO

Profeta e Líder Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado (Hb 11.23-25). A história de Moisés é uma das mais ricas e belas não só da Bíblica, mas também da humanidade. Aqui, porém, podemos dizer apenas três coisas acerca de Moisés: Predestinado . Mesmo para quem tenha dificuldade em aceitar a doutrina bíblica da predestinação, é difícil estudar a vida de Moisés sem ver nele um homem eleito e predestinado pelo Deus eterno e soberano. É praticamente impossível pensar no êxodo ignorando a figura imponente de Moisés. Ele acreditava que sua vida e destino estavam escritos nas páginas do livro divino e celestial (Ex 32.32). Nós, igualmente, cremos que fomos eleitos e predestin

O ÊXODO DE ISRAEL E O NOSSO

Assim, partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças (Ex 12.37). A palavra êxodo expressa a saída e partida do povo de Israel (a igreja do AT) do longo cativeiro egípcio para uma longa peregrinação (40 anos) por um também extenso deserto antes de entrar e tomar posse da terra dos cananeus, chamada Canaã. O êxodo constitui uma figura da liberdade e do descanso do povo de Deus, o qual aponta como que com o dedo para a igreja, o povo e corpo de Cristo, que ora peregrina por este mundo, não apenas 40 anos, mas já faz 2.000 anos. Daí o êxodo de Israel simbolizar: Salvação . O sangue pascal, aspergido no umbral da porta das famílias judias, naquela inesquecível noite de pavor para uns e de glória para outros, impedia que o anjo da morte entrasse naquela casa e ceifasse seu primogênito. O sangue de um cordeiro equivalia à salvação de Israel; apontava para o futuro Cordeiro de Deus: “Eis o Cordeiro