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A CRUZ DE CRISTO

Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e agora vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo (Filipenses 3.18).
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo (Gálatas 6.14).
Não existe na face da terra algo tão paradoxal como a cruz. Ela que foi um instrumento de maldição, de desprezo, de ódio, de dor, de humilhação e de morte, transformou-se no símbolo da reconciliação, do perdão, do amor, da paz e da vida eterna.
Paulo escreveu aos cristãos gálatas: “longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
O paradoxo que existe na cruz se torna ainda mais notável nas palavras de Paulo aos cristãos de Corinto:
“Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem; mas, para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1Coríntios 1.18).
Os que rejeitam a cruz continuam vivendo sob sua maldição; mas, os que a aceitam, a maldição é removida, dando lugar a uma vida transbordante de paz. Para os que a cruz não passa de loucura, essa loucura permanece; mas, para os que têm consciência de que a cruz é o poder de Deus, ela se transforma num manancial de bênçãos. Estamos falando não de uma cruz fabricada para ser adorada, nem de um sinal cruzado na testa ou no peito, mas daquela cruz metafísica ou mística que veio a ser o emblema da redenção.
“[Nós] pregamos a Cristo crucificado, escândalo... [e]... loucura... mas para os que foram chamados... poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Coríntios 1.23,24).
A cruz de Cristo é para nós triunfo, não de uso supersticioso como o é para a grande massa de pessoas, vazia de todo e qualquer significado real. Ela foi o veículo para a concretização de nossa salvação eterna. Notemos bem, a cruz na qual nos gloriamos é a “cruz de Cristo”, não a que é fabricada pelas mãos de pecadores e para uso supersticioso e idolátrico. Tampouco fazer o sinal da cruz na testa ou no peito significa alguma coisa de concreto. Isso não torna alguém cristão, mas passou a ser um ato pagão. Abracemos aquela cruz mística, metafísica, na qual o Filho de Deus foi crucificado como nosso Substituto.  
Oração: Deus de amor, muito obrigado pela “loucura da pregação”, pela qual abraçamos a “loucura da cruz”, por cuja instrumentalidade eu fui salvo. Também me glorio na cruz de Cristo, “escândalo para os que não creem”. Seja isto que ocupe minha mente hoje. Em nome dele. Amém.

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